4.6.10

A PROVÁVEL SINA DE UMA NINA HARTLEY EM UMA PIRASSUNUNGA DA VIDA... voltando para o inferno após despedida de Sultão...





Faltava um dia para voltar para City. Decidi sair do hotel e andar pela Cidadezinha. Enquanto caminhava pelas tranquilas calçadas, pensava...

Eu sempre soube que você gostava de mim. Não gosta mais? eu também soube. Como eu sei dessas coisas...

Tem um boteco aqui nessa cidadezinha no cu do mundo. Fica esquina da rua principal. Para falar a verdade, não vi mais do 5 outras ruas mas bem... Eles aqui dizem que essa onde chego agora é a “principal”. Botequinho bonitinho...

Tudo limpinho, mesinhas de madeira, duas cadeiras cada, televisão com tv a cabo pendurada no suporte, no fundo do bar. Passava uma porcaria qualquer em tv aberta. Sei la porque pagam pelo serviço de assinatura... Mocinha simpática veio me servir. Pedi meu tradicional querosene. Ela trouxe, entornei de primeira e pedi outro. A loirinha meio assustada fio buscar outro. Poupei-a:

Pode deixar a garrafa e marca lá...”

Depois do quinto ou sexto gole, passei a olhar as pombas empuleiradas no fio de luz. É assim que eu sei das coisas. Claro que os gatos falam mais bobagens do que qualquer outro bicho da área, mas é que eles comem as pombas. Não é culpa deles, acredite.

Do outro lado do bar saquei uma mulher me olhando de relance. Do jeito que deu fui até ela.

Brigite. Tinha uma fina camada de baton pelos lábios. Tem mulheres e mulheres nesta vida. Umas te empurram bem lá perto do inferno, outras te algemam à esquerda do capeta, dando dentadas e enfiando a lingua por tras da tua orelha. Brigite é do tipo que faz de conta que não é com ela, mas a casa toda está pegando fogo e eu, sinceramente, não estou nem aí.

Já dei meus pulsos para as algemas, agora espero ansioso pela lingua na orelha e todo o resto. Dizem que o diabo não é tão feio assim como pintam.

Se for vermelho da cor dos teus lábios, brigite... Ele que se cuide...




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