29.5.10

LIBERATY VALANCE E SUA GANGUE... NA CITY SERIAM APENAS UMA EQUIPE DE FLANELINHAS DE FAROL...

TUM, TUM, TUM! Aeee, abre ae...”

Pois é; Mesmo numa porra de um hotel fuleiro como esse que eu moro existe o caralho do interfone. Mas depois da minha treta com a Gorda ela liberava geral a subida até meu quarto. Há dias eu dormia com um olho só...

Quem é?”

So eu poeta. Abre ae...”

Shuin.


Um japonês queixudo, levemente fanho, gente boa, coitado. Antes da decadencia era apenas um carinha que gostava de punk rock inglês e garage rock dos anos 60. Mas a porra da Decadencia na City, desgraçou com a vida de todo mundo. O Japa zarpou quando a casa caiu na City. Ficou dois anos em Osaka. Descolou por la a conexão e então, a City passou a ter a “chique” heroína. Tudo ia bem pro Shuin até o dia que ele resolveu que deveria dar uma agulhada “pra ter conhecimento de causa” do produto que vendia. Já era! A desgraçada tomou sua alma! O japa perdeu tudo, tomou sacode do mafioso de lá, foi deportado, voltou sem nada e hoje segue sem nada:

A mulher perdeu; A filha não vê mais. A grana que tinha gastou tudo na seringa usada de lá, e no pó malhado daqui. O que sobrou foi para os advogados tirarem ele da cana. A casa foi pro prato também... Então? Você acha cocaína glamourosa? Da uma cafungada nela pra tu ver... Shuin vive hoje como passador nas biqueira de pó da parte de cima da City. Se fode a rodo, porque gosta de rock and roll, filme, hq's do Manara e do Spain Rodriguez e não do crime. Vacila, porque só quer ganhar pra comprar um rango, ou um disco pra ouvir onde deixam ele entrar. Pelão libera um banho pra ele todo dia antes de abrir a Boate. Eu deixo ele dormir no meu apê vez em quando e assim, (sobre)vive Shuin...

Caraio Shuin, que cé quer, porra??”

O meu poetinha... Tava com saudade de você! A parada é que tá um frio da porra, to sem blusa ta ligado? E eu to cansado pra caralho... E aquele colchonete azul? Rola de jogar ele por um canto ae pra eu dar um ronco?”

Qual foi? Fez merda? Quem ta na tua captura?!”

Qualé Poetinha... Ce ta ligado que eu num ia meter você em robada. Tem nada no pé não... To só cansado mesmo, tres noite no corre, preciso dormir um pouco. Posso entrar?”

Não besta, fica ae no meio do corredor... VAI LOGO CARALHO!! E ta cansado? Porque não chega a essa conclusão antes das 3 da matina??”

Ce ta ligado que tenho que fazer uns corre ae né Poeta? Ma ó; Eu dei um toque pra Gorda. Ela que disse que eu podia subir e que num ia interfonar, não. Ta pegando alguma coisa?” - Perguntou-me enquanto entrava já fazendo a curva pra cozinha:”

Afeee... outra hora te falo disso” - Respondi enquanto sentava na beira da cama, de frente pra um rack velho que eu tinha. Comecei procurar um disco

O poetinha esse Mc'Clure aqui é bão mesmo?” - Perguntou com a cabeça dentro da geladeira. Fiquei puto!

Vai tomar no cu shuin! Você bate na minha porta 3 hora da matina, fudido, duro e largado e quer saber se uisque da MINHA GELADEIRA é gringo? VA TE FUDER! É gringo do Pelão alí da boate. Tu num gosta? A gente atravessa a rua e tu vai lá reclamar pra ele da qualidade...”

Nã... O negão é grande né???? Perguntei por conveniencia...” - Falou já com a garrafa na mão, dois copo e uma bandeja de gelo:

Quantas pedra de gelo, poeta?” - Perguntou enquanto enchia o copo dele:

Eu sou homi Shuin. Num uso isso não. E deixa a garrafa ae que esse negócio de garçon é coisa de viado! Eu mesmo me sirvo...” - Respondi de costas, ainda procurando o disco pra ouvir:

O poeta... Esse Shan 69 ae? Rola de ouvir ele?”

Caralho Shuin; Quer cama, uisque, escolher o disco... Meu cu ce quer foder também??”

Nem, mano! Já to fudido pra caraio ainda vou ter que comer essa porra peluda ae?

Não aguentei e ri. Dei uma olhada pro japa; Cabelão cumprido, caído na testa, camiseta de flanelão toda suja, calça jeans rasgada no joelho, na canela, um Adidas Campus azul no pé, todo estourado. Pensei comigo; “Deixa o cara ouvir o som que ele gosta, vai...” - Meti na vitrola. Ele saiu cantando, pegou uma cadeira na cozinha, trouxe pro quarto, virou-a e sentou. Olho do cara roxão de sono, magro pra caralho... Eu encostei na cama enquanto rolava o Shan...

Cara, ce tem cigarro ae?”

No armário da cozinha Shuin. Tem um pacote lá, pega uns tres maço pra você...”

Beleza mano, quando eu cair fora levo sim... E ae? Cade seu truta lá da Fabrica? Faz mó cota que não vejo o maluco...”

Sei não Shuin. Ta de rolê mas já que ele volta.”

Ta certo. As parada aqui ta foda mesmo. Já passaram Zeca Alicate, rolou a matança dos bicho solto e o tal de Chiclete ta na área só tocando o terror. Num é uma hora boa pra ficar por aqui mesmo...” - Falou acendendo um cigarro:

O filho da puta! Pega o cinzero caralho! Ta pensando que essa porra é embaixo do viaduto?!”

Ta, ta eu pego... Desde que ce me fale onde ele ta, eu pego poeta...”

Ah sei la, se vira... Vai bater a cinza dessa porra no chão, caralho??”

Na boua mano... olha pra esse apê; Se eu bater cinza no chão num vai fazer muita diferença, vá...”

Rimos...

Ta... mas pega uma folha de jornal pelo menos né viado??”

Beleza.” - Respondeu levantando da cadeira e indo pra minha pilha de dvd's. Bateu de testa com um e sacou o danado de primeira, O HOMEM QUE MATOU O FASCÍNORA:

O poeta, posso por la pra rolar?”

Caraio Shuin ce não ta cansado?”

Ah véio... Sei lá se vou poder ver isso de novo né mano?”

Foda ouvir isso:

Coloca lá. Antes ce num quer tomar um banho, mano? Comer alguma coisa? Tem rango lá no fogão...”

Relaxa mano. Tomei banho la Pelão, ele também me deu uns rango lá. To de boua.” - Respondeu enquanto colocava o dvd. O menu entrou, ele deu um breque.

Poeta ce ta ligado que no nesse corre porque eu num presto né? Passo uns papelote ae porque num tenho mais porra nenhuma pra fazer. Mas e esse tal de Denis, hein?”

To sabendo Shuin. Pivete tem uma familia descente né não? Pai sujeito honesto, mãe guerreira, irmão tentando fazer uma faculdade... Moleque descambou pro mundo cão de empolgação, acha "bonito"...”

Pior tu não sabe poeta, o trouxa já rodou com os cana...”

Ixi! Qual foi? Ma pera, Shuin... Caralho; Ce vai ver bang bang, ouvir Shan 69, beber todo meu uisque, me dar a letra do Denis... Você não veio dormir???”

Ah pode crer to podre. Mas liga o rádio ae que vai saber qual é...”

Sei... Pronto, ta ligado...”


TOMANDO UMAS COM A DIRETORIA; RECADO DO MESTRES PARA OS CANDIDATOS A MANÉS by...




24.5.10

JEAN GENET POR SIDNEY LUMET PELA JANELA DO MEU APARTAMENTO...

Frio da porra na City!

E mesmo num inferno como esse da City a gente precisa de umas coisas vitais; Eu precisava comprar comida. Me encapotei todo e saí. Um pouco abaixo do hotel, ficava o mercadinho do Gugão.

Antes, aquele prédio era de uma dessas redes fodona de hipermercados. Aí com a Decadência, vieram os saques, as depredações e o diabo. Então o Gugão chegou e tomou aquilo tudo pra ele no cano da sua 765. Descolou um povo, uns nóia pra fazer a limpeza, meteu umas prateleira, colocou mercadoria, montou um açougue, onde ele mesmo trabalhava e começou a tocar o negócio.

O Gugão mesmo não valia lá, muita coisa.

Mas no seu mercadinho só trampava os nego de bem. A molecada que não queria se perder no mundo cão, sempre tentava arrumar uma boquinha lá. Fui entrando. Na frente, tres meninas trampavam nos caixas. Depois delas vinham os 5 corredores do mercado. Padaria e açougue, ficavam nos fundos. Fui direto nas massas. Sempre fui bom de macarrão. Na verdade, sempre fui ótimo cozinheiro...

Fala ae ô, sopa de letrinha!!” - Berrou la do fundo o Gugão:

Beleza Gugão? Tem aquele contra ae no jeito??”

Pra tu nunca falta nada rapá, vem chegando ae...”

A imagem daquele cara brancão, enorme, gordão, todo vermelho, 140 kilo, mais de dois metro de altura, com uma faca de açougueiro numa mão e o amolador em outra, não era das mais aparazíveis... Mas ele sempre gostou muito de mim. Terminou de amolar o facão, abriu o freezer e pegou a peça de contra filet:

Vai ser como sempre, poeta; 10 bife grosso, com gordura, 3 centimetro?”

Ah, com essa memória tua nem da pra contrariar né Gugão? Mete bala ae”

Beleza” - E começou cortas os bifes. Gugão era uma das figuras diferenciadas na City.

Era Bicho Solto, segurança de ladrão forte. Cansou de passar vagabundo na bala, chamou os coisa ruim, pediu liberação e conseguiu na boa. Daí pra frente tocava o seu mercado, contando sempre com o respeito da rapaziada...

E ae Poeta? Só na correria nessa friaca?”

É Gugão, fiz ae já pra num ter que correr demais depois. Dei um adianto lá, vou ficar de boa em casa mexendo com outras coisas minhas...”

Ta certo. Não é a melhor época pra ficar de voltinha na rua né não? Tu ta vendo aí né? Um presunto por dia. Ta caindo do lado de lá e do lado de cá...”

Pode crer, ta foda. Só horror, to fora disso mano...”

Ele terminou de cortar, meteu a carne na balança e me perguntou:

Poeta, deu 1 quilo e oitocentas grama, ta muito?”

Nada deixa ae. Melhor que eu já levo de uma vez. Falando nisso Gugão, ainda não recebi umas parada ae, nem vou mentir, a grana que eu tenho é só o da cachaça... A gente pode fazer aquele esquema do fim do mês? Se não, sem crise, eu já acerto...”

Quéisso rapá, tu é da casa. Sujeito correto. Manda lá a nicinha marcar uma comadinha pra tu depois tu me paga. Só vai levar a carne?”

Ah to querendo pegar uns macarrão, uns stake de frango e uns enlatado ae. Rola?”

Pega o que tu quiser rapá. Ma cuidado com essas porra de comida de lata que isso vai te matar seu puto! Tu já foi ver esse estomago ae??”

Nada Gugão. To fumando um pouco menos ae da uma melhorada. Foda é os goró né velho? Não da pra ficar sem a parada...”

É, o sujeito trampá o dia todo e num poder tomar uma é uma judiação mesmo... Ma pega leve né, sua porra!!”

Dei risada:

Pode deixar, Gugão. To indo lá então, valeu Gugão!”

É nóis, poeta, vai na fé e no cuidado...”

Valeu...”

Peguei as paradas todas e caí fora. Já tinha o sifuciente pra não precisar mais passar aquele frio do cão. Atravessei a rua. Na calçada do hotel, como sempre uma pá de michê, todos da Gorda. Um deles falou algo:

Sacoleiro de mercadinho de mochilão véio nas costa, vida de caramujo... é foda hein?”

Não respondi. Ele continuou:

Pesa muito não? To ligado que esses cara ae dos poema é tudo delicadinho, viado, toma cuidado que hora dessas te machucam hein?”

Já estava dentro do hotel, de frente com o Gorda me olhando com cara de Satanás. Parei. Virei pro puto e falei:

Ae depende do machucado e da cicatriz que ele deixar. De repente num tombo, saro rápido e to na ativa de novo...”

Silencio. Saí andando cheio de sacolas em direção as escadas. A qualquer momento poderia tomar um tiro nas costas. Subi os degraus do primeiro andar e bem... Poderia. Mas não foi dessa vez... Abri a porta meti as sacolas na mesa da cozinha. Cara, tava muito sujo meu apê! Precisava ver isso. Fui até o quarto, saquei de um discão do T. Bone Walker. Eu gosto de cozinhar ouvindo T. Bone Walker. Sei lá eu porquê...

Aproveitei e abri um pouco a cortina, uma fresta da janela, só pra tirar o mofão do quarto e de lá vi Leonor. Que merda Leonor...

Sei lá o que tinha rolado. Vi umas putas da esquina de baixo capotando Leonor na pancada. Era soco e bicuda pra tudo que era canto. Devo ter chegado no final porque elas pararam e deixaram a desgraçada da Leonor estirada, moribunda, bêbada e mijada lá no meio da rua. Bem, saí da janela.

Eu ainda tinha minha janta para fazer...


LEONOR NO CÉU SEM DIAMANTES by...




UM IDÍLIO UM TANTO ALÉM DO RANGUM; saudade do monóxido de carbono...

Quando saí da City, peguei um guia e abri a esmo. A idéia era sumir para uma outra cidade qualquer, que ficasse a pelo menos 500 kilometros de lá.Achei que sei lá... desse modo pudesse mesmo melhorar a vida. Conversa fiada...

Dessa forma vim parar aqui.

Já é uma hora da tarde e eu não tenho nada pra fazer. Sei que outras horas virão e eu vou continuar a não ter porra nenhuma pra fazer aqui nese fim de mundo. São as horas em que penso se é mesmo a tal da “paz” que eu quero para mim. Se for isso...

Coloquei duas pedras de gelo no querosene e fui fuçar numa mobilia antiga do quarto do hotel onde eu estava hospedado. Encontrei um guia de teatros, uma lista telefonica e uma revista em quadrinhos turca. É isso mesmo – quadrinhos turcos. Não que eu entenda alguma coisa de turco, mas chego a conclusão pelos desenhos. Dei uma boa folheada, olhei para o guia de teatros e bem... Fui para a lista telefonica da cidade; “Serviço de Acompanhantes”. Tava lá; “Sandrinha Safada 3364-3469”. Dei uma golada no querosene, enconstei na cama e olhei para o teto do quarto.

Porra, que puta nome fodido de sacana: sandrinha! Imaginei a sandrinha andando com saltos altos em cima do meu lombo. Imaginei a sandrinha comendo aquelas porra melequentas e doces que vendem no circo. Imaginei sandrinha de mini saia e sem calcinha no balanço dos trombadinhas da rua de cima. Imaginei sandrinha no confessionário, o padre pedófilo de pau duro... sandrinha safada, oral, anal e trivial...

Sandrinha filha da puta!

Eu que já era infeliz o suficiente, agora sou mais ainda... Sandrinha, vou te contar uma coisa: Nunca mais deixe teu nome assim,dando mole pra qualquer um ficar maluco de tesão. agora coloca aquele vestido coladão e me espera na porra da porta do prédio...

To passando aí com o dojão laranja pra te levar pro inferno...


EU SOU THE VOX! O “AMIGO DE SANDRINHA” e vc? Tu é quem???






























21.5.10

UM BRINDE À ESCÓRIA E UM LONGO CAMINHO ATÉ A CATÁRSE QUE SALVA...


Já faz uns meses que saí fora daquele lixo de City. Ta na hora de voltar.

Também sei lá eu porque cheguei essa conclusão mas enfim... Tenho que chegar naquela porra.

No entanto, deitado aqui nessa confortável cama, desse aparazível hotel nojentamente limpo e organizado, ouvindo um rockão dos bons e queimando meu Marlboro com gosto, penso: “Não acho que deva sair de casa enquanto a noite não passa por debaixo da porta.”

Vejo um gota de agua caindo de uma pequena fenda do teto do quarto. Enfim um pouco de vida!! Surge uma goteira renitente insistindo no som irritante que essas coisas tem. Não sei se foi bom dar um tempo fora da City. Aqui nessa pacata cidadezinha, a inércia continua seu trabalho lento dentro dos meus ossos, que por sinal, doem pra caralho.

A City. Sua proximidade já polui deliciosamente a mente com uma insanidade santa. Um pensamento fixo: Arrancar os dentes do primeiro que encontrar em um dos cantos prováveis, onde o inferno começa e termina com a extremunção de um padre bêbado e comedor de merda de garotinhos abusados e metidos a besta.

A City é como a Besta. Gosto de ambos

Pelo menos sei o que esperar quando encaro seus olhos triste de demônio. Ofereço uma cachaça e o Diabo gruda ao meu lado. Subimos e descemos as ladeiras de uma noite fria e sem sentido. Fazemos o que fazemos, por fazer; Ele pagando barato pelas almas otárias que necessita; Eu, engasgando com um baseado dos bons. Não temos pressa:

Um dia isso aqui, do jeito que você conhece, vai sim terminar...


HELL AIN'T BAD PLACE TO BE... by


























17.5.10

O LEGADO DEGENERESCENTE DE ANTONIO MARIA E VINÍCIUS DE MORAES contra A IRA DO GOVERNADOR POLITICAMENTE CORRETO


Olhei no meu velho relógio Casio: Exatamente 19:17min. Hora da boca da noite. Grande Paulo Vanzoline... Levantei da minha poltrona velha, juntei minhas coisas, desliguei o computador. Computador...

Há um tempo atrás isso chegou valer alguma coisa. Com a Decadência se tornou um trombolho a mais. Como todos que restaram, um trombolho. Uma vez me perguntaram porque não escrevo direto nele. Dei as costas e não respondi. Agora, olhando para ele, penso:

"No dia que essa merda me dar uma mísera metafora, estudo o caso dele. Até lá sigo com minha velha Lettera 82..." Fui desliga-lo para cair fora da Fábrica e vi a pasta do outro. Uns jingles e uns arremedos de composição gravados. Caralho...

Não é que eu tava com saudade do tranqueira?!

Sei lá, me disseram que enquanto eu tava fora ele também decidiu dar um rolê. Não nos falamos. Talvez por isso demos certo na parceria; Falavamos pouco um com o outro. Quase nunca. Na City é melhor assim. Aliás nela, não rola essa conversinha de “saudade”. Nem dá. A (sobre)vida segue. To cheio de trampo aqui, uma rapa de problema... Hora dessas a gente se esbarra. Desliguei o computador. Apaguei tudo, meti a maqueina de escrever na mochila, saí, passei o correntão com o cadeado e caí na estrada. Era um dia frio.

Enquanto saía rapidinho da quebrada de baixo da City, onde ficava a estrada de ferro abandona e a Fábrica, pensava nas paradas; Problema esse enrosco que arrumei com a Gorda. Pra tudo que é canto que eu andava, tinha um michê me filamando. Todos os putos que trampavam pra ela na minha captura. No primeiro vacilo que eu desse, sabia ela ia mandar cobrar a diferença.

Devia ter matado logo” - Pensava enquanto andava rápido pela antiga rua da Estação De Trem. Cheguei rápido na velha praça dos nóias. Mais um quarterão e estaria na Rua Do cemitério. Não era a minha quebrada mas alí já estava seguro. Zona Neutra. Cheguei na calçada do Aurora. Fôra um tradicional bar da City em idos tempos. Agora, psss... Tremendo lixão, ponto de passador de pó freelancer e puta. Parei alí pra tomar minha serra malte. As chances de alguém te incomodar em um lugar assim são mínimas...

Me aboletei em uma mesa, enchi o copo, dei uma beiçada digna e encostei na cadeira de frente pra rua. O Aurora tinha como vista uma antiga praça. PRAÇA DO PIANO. Era um lugar lindo que após a decadencia, parecia cenário do deserto de PARIS TEXAS, o filme. Tudo abandonado, uma desgraça exalando cheiro de mijo de tudo que é canto. Ta ótimo.

O que fede mijo e monóxido de carbono para os “normais”, a mim, é fino azarô. O tempo passou...

Quando eu já estava la pela quarta cerveja, só pra variar... Começou a “Hora do Buñuel” . Não falhava; Se você parasse pelo tempo que fosse na City, era de lei que algo surreal acontecesse na sua frente...

Veio em direção ao bar um garotão malhado, fortão, cheio de músculos, vestido com um shortinho agarradinho (de fazer inveja a gretchen dos bons tempos) e uma camiseta regata igualmente apertada, numa noite em que a temperatura batia uns dez graus. Orgulhoso e vaidoso, o menino forte tinha como companhia um cachorrinho poodle que caminhava ao seu lado, sem forçar a corrente que o conduzia.

De repente o cão nobre, sentiu a mesma necessidade de que sentem todos os cães, sendo eles nobres ou não; Iniciou uma belíssima cagada bem no meio da calçada do Aurora..

Mas o garotão que ficou parado feito besta esperando o cachorro terminar de cagar não se abalou; Munido de uma luvinha de plástico e de um saquinho que o babaca guardava por dentro do shortinho, ele se abaixou e tratou de começar ali mesmo a deixar a City mais limpa. Ficou de quatro, cuzão pra cima e tudo...

E sem o menor pudor começou a recolher toda a bosta do cachorro, para depois armazena-la dentro do tal saquinho. Terminada a prestimosa tarefa e aula de civilidade, o garotão estufou o peito e passou por mim , crente de que tal qual Churchil e Gandhi, acabara de marcar sua importância para a história da humanindade. Assistindo tudo aquilo me conformei.

Tem coisas bem mais deprimentes do que ser assassinado por um michê...


PORTAS DAS (DES)ESPERANÇAS; SUAS CAUSAS? VIREM-SE COM ELAS!! Estamos nessa pelos prazeres que nos interessam...
























14.5.10

A MORTE E A MORTE DO MÁSCULO MITO DO NEANDERTAHL; a fábula da godiva do camaro 1972...










Enquanto jogava uma água na cara (Mais uma vez o tamanho da minha barba me assustava...) e vestia uma roupa, pensava:

"Nem uma matança, um massacre a céu aberto no meio da rua! Mudava meia-coisa nessa porra dessa City"... Não faltou nada:

Teve tortura, assassinato e execução!! E na City é algo que rola toda hora... Que cabeça aguenta isso isso!! Agora tem a porra da treta que fui arrumar com a Gorda...Não lembrava a hora que havia apagado mas era cedo. Quando acordei ainda tinha barulho na Boate. Coisa de 8 horas da matina. Da minha janela vi a boate fervendo! Todo mundo nas esquina, trafica passando pó malhado, boteco entupido de bebado... Parecia que não tinha rolado nada!!!

Incrível. É o inferno esse lugar. Mas eu também teria que fazer parte dele. Oras...

Não da pra ficar trancado pro resto da vida. Tenho umas paradas pra ver, trampo pra entregar, fazer um corre até a Fabrica e... Tem a Gorda... Puta B.O que fui arrumar pra cabeça.

Como bem disse o Pelão, a desgraçada jogava pra tudo que era lado. Tinha negócio com os bicho solto e com os cana. Ficava sempre do lado de quem possuia o chicote. Se estalar não sobra pra ela. No massacre jogou com os cana. Descolou até salinha de tortura. Agora, daqui da janela da pra ver os bicho solto remanescentes e uma pá de michê, puto, em frente o hotel. Foda-se!

Na City não existe meia-volta. Meti o all star no pé, passei a cinta na calça, a mochila com a máquina de escrever, chavão do cadeado da Fabrica e desci pra rua. Tres andares até a portaria. Comecei suar frio. Poderia acontecer de tudo quando eu pia-se na frente dela depois de quase mata-la. To ligado que a vida que levo na City me tirou o direito de ter medo e isso é foda. Mas é meio estranho descer uma escada sabendo que você pode morrer assim que mostrar a cara. Não dava mais tempo...

Apareci na recepeção. Os michê me olhando feio, Bicho solto na miúda, só no aguardo e a Gorda atrás do balcão. Quando me viu, mandou...

Olha aí o Poeta... já vai pra luta, Urso?”

Passei batido, não respondi. Ela sentenciou:

Apruveita viu Poeta? Vai que dia desse ce num pode mais andá por aí né?”

E a michezada tudo rindo. Segui em frente, na reta. E mesmo que não quisesse minhas pernas me levariam pra dar uma passada na Boate Xangai. Nêgo Ulisses, segurança foi liberando minha entrada. Fui direto no Pelão e ele me viu...

Eita porra, Poeta! Ta azul! Viu fantasma caraio??”

Pior né Pelão. Esqueceu quem é a dona do prédio que eu moro??”

Ah mermão... Aê a letra é a que já te dei. Sua cabeça é seu mestre cumpadi. Agora tu vai ter que segurar a bronca”

To ligado, Negão... Porra Pelão, quase 9 da matina e essa porra lotada! Caralho mano... Ninguém viu o que rolou ontém??”

O que rolou ontém, Poeta??”

Eu ri:

Ah te fuder, Pelão...”

A boate fervendo, as garçonete tudo com comanda na mão pedindo bebida e o negão nem aí. Encostou pra falar comigo e tocou o foda-se. Alí era o que o Pelão queria...

O Poeta... Vais de cerveja gelada essa hora, ou queres um quente pra acordar??”

Pelão eu queria mesmo parar de beber...”

Isso não é problema meu que psicólogo que trabalha de graça é Deus! Perguntei o que tu vai beber, caraio...”

Ah... Como não vou pagar mesmo, da um conhaque... Tem café ae?”

CAFÉ?! Café? Que mais, poeta? Cinco pãozinho? Ah tomá no teu cu...”

Ri de novo:

Ô Pelão, ta frio porra. Conhaque com café, pra esquentar...”

Depois que tu virou estranguladô, tu já tem quem te esquente...”

Rimos juntos. Negão sacou uma garrafa de Rémy Martin, pegou uma taça e veio pro meu lado. Não aguentei:

Ah pára; Agora ce vai me falar que esse Rémy também é original? Igual os uísque??!?!”

Poeta; Mais Franceis que o Zidane esse conhaque faiz biquinho e tudo...”

Ah tá, sei...”

Te trato bem rapá, num sei que tu tanto resmunga...”

Nada, enche ae a taça, não vou pagar mesmo...”

Ta abusado hein??”

Nada Pelão, to duro mesmo...”

Novidade isso né seu porra!”

Rachei o bico:

Acontece né Pelão...”

Desviou o olhar de mim e saquei que algo chamou sua atenção:

Ah lá Poeta; Filma a parada...”

Qual?”

Olha lá...”

Era Vera. Chegou pisando forte na boate. Pelão chamou uma garçonete, mandou um jack daniel's pra mesa dela. Não deu 10 minutos, colou um playba na dela. Mais 15 minutos os dois sairam:

Hummm... já era hein Pelão?”

Pois é Poeta... Meninão bonito, gastadô, viu a loura... Deixa ele; Ta achando que dominou...

Pegou coisa fina né Pelão?

Deixa ele descobrir quem é a mulhé...


VERA; A Diaba Loira by...














12.5.10

WAKE UP THE BLOODY AURORA; O dia em que Sam Peckinpah trouxe a familia para um piquenique na City...













Porra!

Barulheira do caralho!

Sei lá eu que horas consegui dormir e acordo com uma gritaria, estouros... Mas que merda! - Reclamei.

Levantei da cama do jeito que deu, chutando garrafas vaizias de uisques, cinzeiros cheios, pisando em bitucas de cigarro, putz; Tava um lixo meu quarto. Eu não tava muito diferente. Para chegar na janela foi um parto. Saí me arrastando por uns dois metros. Abri a janela...

Enquanto ainda piscava o neon da Boate Xangai, na rua o bicho tava pegando grandão. Dois presuntos cobertos pelo jornal dos formadores de opinião, esperavam pelo rabecão. Outros tantos bichos soltos, apanhavam bonito; Porrada, soco, borrachada, coronhada, cotornuda na cara... A policia no apetite sentando o pau. Na outra esquina, metranca comia feio. Pegou a bandidagem de supresa, parece que estavam batendo em retirada, não sei... Estranho esse tipo de casa de caboclo armada. Com certeza, pedra cantada. Caguetagem braba.

Os camburões surgiam aos montes.

Várias viaturas, fuzil pra caralho, metranca da boa, caôzada toda sem identificação na farda, o que significava que o pau ia comer. Abriam o porta mala. De dentro, vi saindo algemados e acorrentados uma rapa de ladrão do conceito. Paravam em frente ao hotel. A Gorda abriu um quarto vago, pros cão usarem de Cela. No terceiro andar onde moro, dava pra ouvir os gritos e as pancadas.

Na rua só pipoco. Bala pra tudo que é canto!

Dois ou tres resistiam do outro lado da rua, tomando um boteco pra usar como trincheira. Não demorou muito, passaram dois. Um deles, numa fuga espetacular vazou. Dava pra ouvir a treta entre os policias.

Caralho, logo ele porra?? Tinha que encher o Paturí de bala!!”

Vai fazer o que caraio?!? Dois ak 47 e tudo isso de pistola o vagabundo fugiu! Só se jogasse uma bomba e derruba-se o prédio todo”

PRÓXIMA VEZ A GENTE DERRUBA!!”

Pois é. Parece que a casa caiu. Entre os gritos que eu ouvia, varias vezes veio umas de “Cade a grana, filho da puta?”... Espartanamente os ladrões presos no quarto que a Gorda arrumou pros canas, aguentavam a tortura sem abrir o bico. Da janela parecia que nada mais tinha a ser visto. Quando eu já ia sair pra dar minha cagada habitual matinal, virou na esquina um Ômega sem placa a milhão, cantando os pneus pra estragar mesmo. Vi que tinha uns policiais civis, reconheci os canalhas.

Até aí sem novidades. Eram os caras do espólio, que iam fazer o recolhe da tal grana. Mas quando ví o último saindo do carro, terno e gravata preta, óculos escuro na cara e gel no cabelo, um pensamento me fulminou a mente:

Caralho, sabia...”


CANALHAS 1x0 CÃES by...




















9.5.10

HARY CALLAHAN NÃO DORME O SONO DOS JUSTOS NA CITY...

















Sacou do enorme molho de chaves, escolheu a certa e abriu as portas:

Entra aê poeta...”

Entrei ouvindo a gorda me xingando do outro lado da rua. Pelão veio em seguida, fechou a porta e passou a chave pelo lado de dentro. Tava cedo. Caminhamos para o fundo da boate em direção ao balcão de mármore do bar. Negão chegou, tirou a sua novemeióta, pretona, linda, pente adaptado pra 15 balas e colocou a danada em cima do balcão. Deu a volta no mesmo, acendeu as luminárias. Aquele bar, acho que era a única parte bonita da City. Criolo cuidava. Tinha a Boate Xangai e o Bar da Boate. Alí era outra coisa. Pelão fazia gosto em manter aquilo bonito...

Que vai ser, poeta?”

Porra Pelão... To querendo ficar saindo muito não. Rola umas 5 garrafas?”

Qual tu prefere?”

Tem diferença??” - Perguntei sacaneando:

Ahhhhhh tomar no teu cu, poeta! Já num te falei que meus uisque são classe “A”. Chega vem até com a sainha, de tão “iscoceis”...”

Dei risada e falei:

Ta bão Pelão... Quanto custa 5 Dimples?”

Qualquer 100 conto, daqui um mês, ce me paga”

Orra Pelão... 80 ta justo hein??”

ÔÔÔ Poeta... Tu aceita logo a oferta, que tu vai me pagar daqui um mês, se me encher eu cobro juros...”

Taaaaaaaa... Baixa essas porra então...”

Com o pegador de garrafas foi pegando uma a uma do alto da enorme e linda estante de bebidas. Colocou as 5 garrafas de Dimples no balcão:

Taí, poeta...”

Beleza Pelão. Tem uma sacola ae?”

Porra de sacola rapá?! Ta pensando que isso aqui é mercadinho??? Se vira mermão, carrega essa porra debaixo do braço. Compra fiado e quer tratamento “faive istarss”

Era muito engraçado:

Qualé o inglês ae, Pelão? Manda aê de novo...”

Faive istarsss...”

Eu me acabava de rir...

Gostou da catega do criolo, Poeta? Aprendi ontém com uma gringaiada ae...”

Po... Ta lindo! Chega parecer um lord inglês, negão! Aprendeu bem...”

Rimos juntos. Ele foi na geladeira, sacou de uma serra malte, baixou um copo do rack em cima do balcão, abriu, serviu o copo e empurrou em minha direção. Pegou seu banco que ficava atrás do balcão, sentou, me olhou e perguntou:

Qualé poeta? Parada é essa de ficar trancado naquele hotel? Ta usando aquelas merda de novo??”

Nem... Não tenho mais saco pra isso não, Pelão. Deu minha cota”

Então que porra tu tem? Faz quase um meis que não te vejo! Última vez foi quando tu veio pagar sua conta. Achava que tu tinha vazado feito teu amigo aí, uns 10 dias atras fiquei sabendo que tu tava carambolado nesse hotel... Vai virar caramujo, caralho?!?”

Eu ri de novo...

Nada, caraio...”

Poeta tu fez merda?!!”

Ah Pelão... Qualé maluco?! Você parece que não me conhece...”

Conheço. Muito mais do que você gostaria, eu te conheço. Por isso to perguntando... Diabo atenta, rapá! Fez merda? Deu “saudade” da vida loca? Que tu fez?”

Ô caralho... To te falando Pelão; To de boua velho. Sei lá... Me deu vontade de ficar deitado... Vou fazer o que nessa porra dessa City?? Me fala...”

Eu num falo nada Poeta. Só ouço. E assim “ouvi” que aquela riquinha do zóio claro tava internada aí contigo uma rapa de dia. Mermão, mermão... Tu sabe que ela é da parte rica, do lado lá e na City, quem mistura raça é criadô de pastô belga... Tu sabe que isso da merda...”

Peguei o copo tulipão de cerveja, dei uma golada digna, limpei o beiço com a mão e respondi falando baixo:

Pelão eu só to falando disso contigo pela consideração. Mas ce ta ligado que eu não gosto de dar entrevista! Mas tá... Porque eu não posso trepar com a mulher que eu quero? Então além de morrer dia a dia nesse lugar, até a buceta que eu vou chupar é a City que tem que escolher? Não vou fazer mais nada que eu quero???”

Você faz tudo que você quer, Poeta. Aqui na City ce ta ligado que ninguém ta nem aí pra ninguém, não tem “papai” pra aconselhar, porra nenhuma. To te dando essa letra justamente por causa dessa consideração que tu citou. Que porra te deu? Tua ia matar a Gorda, ta louco porra???”

Ah se fuder! Essa porra me enche o saco! Não troco duas palavra com ela, porque a desgraçada quer assuntar minha vida...”

Ela ta pouco se fudendo pra sua vida! Do mesmo jeito que tu num ta nem aí pra ela. Mas tu sabe que a Gorda num é vassala. Essa desgraça tem esquema com ladrão do conceito, com policia caô, o diabo! Fora a michezada dela que vai ir pra cima de você! Qual vai ser? Vai voltar sentar o dedo? Já não te falei que teu negócio num é crime, é letra! SOSSEGA SENTANDO O DEDO NAQUELA PORRA DAQUELA MÁQUINA DE ESCREVER, CARALHO!!”

Enchi meu copo. Dei uma golada, cruzei os braço em cima do balcão. Descruzei um deles pra passar a mão na cabeça, olhei pro Pelão e falei:

Sei lá, brother. Não to legal. Essa City ta me matando...”

Poeta quando tu te juntou com aquele teu amigo músico eu achava que num ia virar nada. Quando vi que rolou, descobri porque deu certo; Vocês não tem nada a vê um com o outro...”

Ih caraio... Agora você que ta viajando, Negão...”

Ele passou aqui antes de viajar, sabe? Veio, tomou a cerveja dele, me pagou, conversamo um tanto. Depois subiu, comeu a puta dele, sussa, tranquilão. Desceu, tomou mais algumas... Cara é esperto, Poeta. Macaco velho, só vai na boa, não mete a mão em cumbuca... Gosto do barbudo Cara-Feia...”

E aí? Que eu tenho a ver com a paixão de vocês? Então qualé? Diferente em que...”

Poeta; Tu também é esperto, ligeiro, sacado. Mas tua linhagem é outra mermão, tu foi bicho solto, sangue no zóio. Era diferenciado, gostava mais de livro e disco véio do que de grana... Mas era virado no satanás! Tu conhece os dois lado da parada. Sabe melhor que todo mundo que o diabo atenta, ele é foda! Da um vacilo, tu vai voltar pra tua origem. Tem que te segurar rapá. Num tava na estrada, no mundo? Porque não faz como o teu amigo lá? Some um tempo, voltou porque? Cheiro de buceta é foda né poeta? Busca o vagabundo lá longe...”

Vai te fudê, Pelão...”

Ele riu, encheu meu copo, foi até a geladeira, abriu outra cerveja e deixou do meu lado. Pegou sua novemeióta, deu um confere no pente e meteu na cinta. Falou-me:

Não era hora de arrumar essa criaca com a Gorda, Poeta. A ripa ta comendo feia, chicote estalando legal aqui. Tu vai ter trabalho que não precisava ter. Ainda mais agora, depois dessa merda que rolou com Zeca Alicate.”

O Zeca? Qual foi? Que aconteceu com ele??”

Antes de responder, ele ligou o rádio...

A BALADA DE ZECA ALICATE by...






















8.5.10